Li o texto abaixo esta semana no site do Terra - Esotérico e gostei muito.
Por isso, estou postando ele no blog para compartilhá-lo permanentemente.
Ele nos faz refletir sobre o sentido da vida e da morte.
Palavras que parecem tão antagônicas, mas tamanho são suas forças que se fundem.
Kelly.
A consciência da morte nos desperta para a vida
Eunice Ferrari
Ultimamente tenho sido acometida, todas as segundas feiras quando acordo para começar minha semana, com um estranho pensamento. Digo a mim mesma:
"Meu Deus, mais uma semana se passou, a vida tem passado rápido demais, preciso aproveitá-la melhor! A cada dia que passa, é um dia a menos de vida que tenho!"
Num primeiro instante isso me soa engraçado, mas se paro para levar a sério minha angústia sobre o tempo, percebo uma ansiedade de vida em mim que não tem sido preenchida. E quando falo sobre isso aos meus amigos, percebo um sorriso mas, ao mesmo tempo, certo ar de preocupação e reflexão. Acredito que pensar na morte deva ser uma necessidade de todos nós. Não pensar de forma mórbida, nem tornar isso uma obsessão, mas a consciência de que nossa vida é limitada faz com que olhemos para ela com mais carinho e compaixão.
Pensar na vida com a consciência de seu limite e na morte como algo inexorável faz com que nossos corações se aquietem diante das exigências do dia a dia. Vivemos em uma sociedade onde a imagem pública e o status social são de tal forma valorizados que perdemos a noção de nossos próprios limites para cumprir com regras que, se pensarmos bem, não tem nenhum valor ou significado. Não precisamos passar perto da morte para acordar ou despertar para a vida. Apenas a consciência real de sua existência pode causar uma transformação em toda nossa relação com a vida.
Existem algumas pesquisas em que foram constatadas uma série de efeitos e transformações em pessoas que tiveram esse lampejo ou expansão de consciência, ou mesmo em pessoas que passaram por experiências de quase
morte: o medo diminui, surge uma aceitação mais profunda da morte, um maior interesse em ajudar os outros, a importância do amor é amplificada, a matéria toma uma importância relativa e há um aumento na certeza da existência de uma dimensão espiritual e seu significado.
Mesmo crises geradas por graves doenças nos levam a essa expansão de consciência e provocam grandes transformações nas vidas dos acometidos. Há que se pensar com seriedade nesse assunto, porque isso nos leva a experimentar uma nova forma de humildade e abertura e uma maior receptividade a qualquer prática espiritual.
Certamente, abrindo espaços para essas novas possibilidades, caminhamos diretamente para o encontro da verdadeira cura. Porque, na verdade, se pensarmos bem, todos estamos morrendo, um pouco mais a cada dia. Não existe nenhuma morbidez nisso, é só uma questão de tempo.
Visite meu blog: http://www.euniceferrari.net/
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